8.10.08

Os Limites do Texto (Lc 4, 33 – 37)

Este Relato é o primeiro relato de uma cura após Jesus se ter dirigido a Nazaré onde não foi bem aceite. Depois deste relato aparece-nos mais duas curas, a primeira da Sogra de Pedro e a segunda um relato que conta-nos várias curas.

Quanto à delimitação, notamos que estes versículos da obra lucana não possuem nenhuma referência temporal. Mas a nível espacial apresenta-nos duas importantes indicações. A primeira, presente no versículo 31 (fora do relato) apresenta-nos a cidade de Cafarnaum, uma Cidade da Galileia. A Segunda indicação espacial é um ambiente muito concreto, numa Sinagoga. Quanto aos personagens temos três indicações. A primeira é o Homem Possesso, alvo da cura. A segunda indicação é a entrada de Jesus em cena, o Santo de Deus pela Autoridade e pelo Poder. A terceira indicação é os personagens que andavam nas redondezas, que apesar de não terem um papel principal, são importantes para a descrição do personagem principal deste relato.

O tema deste Relato é uma Cura que Jesus faz ordenando a saída de um espírito Impuro de um homem que se encontrava dominado por este Espírito.

Quanto aos quadros, observamos três grandes cenas:

1) 33 E estava na sinagoga um homem que tinha o espírito de um demónio imundo, e exclamou em alta voz, 34 Dizendo: Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus. 35 E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele.

2) E o demónio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.

3) E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem? 37 E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca

Por fim, podemos afirmar que esta sequência está construída à volta da figura de Jesus, que, após não lhe ser reconhecida a Sua própria Autoridade e Poder na sua própria terra, aparece-nos estes relatos afirmando o contrário, expressando que Jesus é o Santo de Deus, em que todas as suas Acções e Palavras têm a marca da Autoridade e Poder.

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