14.10.08

Q3


2ª parte – Lc 7,1-10; 7,18-35

Quando acabou de dizer todas as suas palavras ao povo, Jesus entrou em Cafarnaúm. Ora um centurião tinha um servo a quem dedicava muita afeição e que estava doente, quase a morrer. Ouvindo falar de Jesus, enviou-lhe alguns judeus de relevo para lhe pedir que viesse salvar-lhe o servo. Chegados junto de Jesus, suplicaram-lhe insistentemente: «Ele merece que lhe faças isso, pois ama o nosso povo e foi ele quem nos construiu a sinagoga.» Jesus acompanhou-os. Não estavam já longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por uns amigos: «Não te incomodes, Senhor, pois não sou digno de que entres debaixo do meu tecto, pelo que nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; e a outro: ‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» Ouvindo estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e disse à multidão que o seguia: «Digo-vos: nem em Israel encontrei tão grande fé.» E, de regresso a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.

Os discípulos de João informaram-no de todos estes factos. Chamando dois deles,
João mandou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?» Ao chegarem junto dele, os homens disseram: «João Baptista mandou-nos ter contigo para te perguntar: ‘És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?’» Nessa altura, Jesus curava a muitos das suas doenças, padecimentos e espíritos malignos e concedia vista a muitos cegos. Tomando a palavra, disse aos enviados: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes:Os cegos vêem, os coxos andam,
os leprosos ficam limpos,
os surdos ouvem, os mortos ressuscitam,
a Boa-Nova é anunciada aos pobres;
e feliz de quem não tiver em mim ocasião de queda.»

Depois de os mensageiros de João se terem retirado, Jesus começou a dizer à multidão acerca dele: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas finas? Os que usam trajes sumptuosos vivem regaladamente e estão nos palácios dos reis. Que fostes ver, então? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais do que um profeta. É aquele de quem está escrito:
‘Vou mandar à tua frente o meu mensageiro,
que preparará o caminho diante de ti.’
Digo-vos: Entre os nascidos de mulher não há profeta maior do que João; mas, o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.»

E todo o povo que o escutou, bem como os cobradores de impostos, reconheceram a justiça de Deus, recebendo o baptismo de João. Mas, não se deixando baptizar por ele, os fariseus e os doutores da Lei anularam os desígnios de Deus a seu respeito. «A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes? Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo:
‘Tocámos flauta para vós,
e não dançastes!
Entoámos lamentações,
e não chorastes!’
Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: ‘Está possesso do demónio!’
Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!’
Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.»

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