13.10.08

  • Continuidade: Este micro-relato tem continuidade com o episódio posterior, que é a conversão de Zaqueu, o cobrador de impostos (Lc 19, 1-10), pois também se trata de uma cura. E além disso, enquanto que no episódio da cura do cego de Jericó, dá-se à entrada de Jericó, já no episódio da conversão de Zaqueu encontramo-nos dentro da cidade.
  • Descontinuidade: Este episódio não tem continuidade com o episódio anterior, que é o terceiro anúncioda Paixão, não encontrando mesmo qualquer ponto de continuidade.
  • Planos: Médio Plano - v.35, "Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho."; e v.39, "Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» "; Grande Plano - v.38, "Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!»"; v.40-42, "40Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: 41«Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!» 42Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.»"; Plano de Conjunto - v.36-37, "36Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo. 37Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar."; v.43, "Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus."
  • Cenas: 1ª cena- v.35-37, "35Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho. 36Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo. 37Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar; 2ª cena - v38-39, "38Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!» 39Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!»; 3ª cena - v.40a, " Jesus parou e mandou que lho trouxessem."; 4ª cena - v.40b-43a, "Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: 41«Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!» 42Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.» 43Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus."; 5ª cena - 43b, "E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus."
  • Esquema Quinário : Situação inicial - v.35-37, "35Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho. 36Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo. 37Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar."; - v.38-41, "38Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!» 39Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» 40Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: 41«Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!»", (porque é onde se encontra o problema do episódio); Acção transformadora - v.42, "Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.»", (acção de Jesus que visa resolver o problema); Desenlace - v.43a, "Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus.", (resolução do problema); Situação final - v.43b, "E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus."
  • Modalidades da Acção : Querer - curar o cego, quer ver; Saber - o cego sabe que Jesus pode curar; Poder - o poder do Senhor; Dever - a necessidade da fé para se ser curado;
  • Intriga : é uma intriga de revelação, pois Jesus revela-se ao ver o acto de fé do cego; e ao mesmo tempo é intriga de acção pois Jesus age na cura.
  • Personagens : As personagens aqui presentes são Jesus, o Cego e o Povo. Quanto a Jesus é um personagem redondo, pois evolui ao longo da narrativa; é emissário e sujeito; é showing, pois só o conhecemos a partir das suas acções que nos são relatadas; e temos informações de Jesus partindo de uma focalização externa, pois só as temos ao olhar para Jesus. Quanto ao cego é um personagem redondo, pois evolui ao longo da narrativa; é destinatário, adjuvante e objecto; é telling, pois só temos conhecimento da sua existência a partir da descrição do narrador; e temos informações do cego partindo de uma focalização externa, pois só as temos ao olhar para o personagem. Quanto ao povo, é um personagem colectivo, e redondo, pois no final do relato, louva a Deus pela cura do cego; é oponente; é telling, pois só temos conhecimento da sua existência a partir da descrição do narrador; e temos informação acerca do povo partindo de uma focalização de grau zero.

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