25.10.08

Resumo do Evangelho de Mateus

RESUMO DO EVANGELHO DE S. MARCOS
Introdução:
Na Bíblia dos Capuchinhos, aquela que utilizo, este Evangelho está dividido em 5+1 partes. Vou adoptar essa mesma divisão para este resumo.
1. PREPARAÇÃO DO MINISTÉRIO DE JESUS
Marcos apresenta o seu Evangelho, onde se propõe falar da vida de Jesus Cristo, filho de Deus, e começa pela história do mensageiro que vem preparar o caminho do Senhor, João Batista. Jesus é baptizado por João e de seguida João é preso. É então que Jesus inicia o seu ministério na Galileia, ensinando (1, 22) “como quem tem autoridade e não como os escribas”. Foi pregando nas sinagogas, onde era surpreendido pela multidão que o seguia (1,38) “vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar, pois foi para isso que saí”. Jesus atraía a multidão e anunciava-lhes a Palavra, e simultaneamente confrontava com os Fariseus, que, a partir de certa altura (3,6) “se reuniram com os herodianos para deliberarem como haviam de condená-lo à morte”. De entre aqueles que o seguiam, Jesus escolhe os seus discípulos em duas fases: primeiro os irmãos Simão e André, e Tiago e João, filhos de Zebedeu (1, 16-20). Mais tarde os restantes 8: André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, Tadeu, Simão e Judas (3, 13-19). Volta a casa e fala da Sua verdadeira família, num discurso teológico onde diz (3,35) “Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe”, dando uma ideia da dimensão transcendente da Sua mensagem e da Sua Pessoa. Recomeça a ensinar à beira-mar e, (4,33-34)”Não lhes falava senão em parábolas; porém aos discípulos explicava tudo em particular”. Estes foram evoluindo de uma atitude de “grande terror” (4,41), para uma atitude de alguma perplexidade, interrogando-se sobre a natureza daquele homem que tinham decidido seguir (4,41). A verdade é que (6, 56) “Quantos O tocavam ficavam curados”. Mas apesar dos milagres extraordinários que ia fazendo por onde passava, (6, 52), “os apóstolos “ainda não tinham compreendido”, pois, na opinião de Marcos, “tinham o espírito empedernido”. Porém Jesus está triste: na sua terra é desprezado (6, 5), e (6,6)“estava admirado com a falta de fé daquela gente”.
Entretanto João Batista é mandado executar por Herodes.
2. VIAGENS EM TIRO E SIDÓNIA E NA DECÁPOLE
É então que Jesus faz aos discípulos o primeiro anúncio da Paixão, e fala das condições para O seguirem (8, 34 – “Se alguém quiser vir a Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me”), não só aos discípulos, como à multidão. Sempre num contexto de deambulação, em que eram realizados muitos milagres, Jesus continua perplexo com a incredulidade daqueles que O seguem (9, 19) “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar?”. Ao mesmo tempo (9, 31) “Ia instruindo os seus discípulos” e fala-lhes da Paixão pela segunda vez. Mas os discípulos (9, 32) que “não compreendiam semelhante linguagem e tinham receio de O interrogar”, continuam sem perceber.
3. SUBIDA PARA JERUSALÉM PELA TRANSJORDÃNIA
Jesus vai para a Judeia e “ensinava como Seu costume”. Confronta de novo os Fariseus e sem hesitar diz-lhes que têm um coração duro (10,5). Esta mensagem é reforçada pelo convívio com as criancinhas e pelo pedido do homem rico que queria alcançar a vida eterna, que levam Jesus a explicar que (10,15)”Quem não receber o reino de Deus como uma criancinha, não entrará nele.” e que “dificilmente entrarão no Reino do Céus aqueles que têm riquezas”. A relação com os discípulos vai-se aprofundando (recompensa do desapego 10, 28-31) e Jesus faz-lhes o 3º anúncio da Paixão. O confronto entre a fé simples do cego de Bartimeu e as exigências dos apóstolos (10, 35-45) mostram como era dura a missão do Filho do Homem, e como era enorme a Sua solidão.
4. MINISTÉRIO DE JESUS EM JERUSALÉM
Depois de uma entrada messiânica em Jerusalém, Jesus entra no Templo e expulsa os vendilhões, o que escandaliza os sacerdotes e os escribas ao ponto de procurarem uma maneira de o “perder”. Mas estes estavam ambivalentes em relação a Jesus pois ao mesmo tempo que o queriam ver morto, temiam-no, pois (11,18)“toda a multidão estava maravilhada com os seus ensinamentos”.
A autoridade de Jesus é sistematicamente questionada pelos fariseus, pelos escribas, pelos anciãos e pelos saduceus, mas Jesus surpreende-os sempre (12,10 –“Não lestes esta passagem da escritura: a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular”. ; 12,13-17 – “(...) Dai pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E ficaram muito admirados”; 12, 27- “Deus não é Deus de mortos mas de vivos”.) Jesus na sua iminente sapiência e justiça, deixa todos estes adversários sem palavras, ao ponto de não ousarem mais interrogá-Lo (12, 34). Este capítulo termina com um discurso apocalíptico de Jesus, onde, depois duma descrição da destruição de Jerusalém e da vinda do Filho do Homem a reunir os seus eleitos, Jesus avisa por diversas vezes (13, 23; 33;35;37;) os seus discípulos que vigiem, que estejam atentos ao que há-de vir.
5. A PAIXÃO E RESSUREIÇÃO DE JESUS
Faltavam apenas 8 dias para a Páscoa e os sacerdotes e escribas tentavam encontrar uma maneira de apanhar Jesus à traição para lhe darem a morte, mas tinham medo do povo. Judas vai então ter com eles e combina uma maneira de O entregar. Mas Jesus, quando estava com os Doze à mesa, antecipou essa terrível traição, o que encheu os discípulos de tristeza e de perplexidade. Já no monte das Oliveiras, Jesus previu também a negação de Pedro, e quer Pedro quer os restantes afirmaram com veemência que mesmo que tivessem de morrer nunca O negariam. A agonia de Jesus em Getsémani é pungente: um Jesus triste, torturado pelo medo e pela angústia, pede clemência ao Pai. A Sua solidão e abandono são terríveis: os apóstolos não o acompanham na sua vigília de oração, adormecendo. Quando a hora tinha chegado, Jesus aproxima-se dos discípulos e ordena-lhes que se levantem porque se aproximava aquele que O iria trair. Judas dá-lhe o beijo traidor e Jesus é preso e levado à presença de um tribunal de Judeus. Este procuravam um testemunho contra Jesus, mas não o encontravam. No fim de ouvirem muitos testemunhos que não eram conclusivos, acabam por considerar que a resposta de Jesus à sua pergunta (14,61)“És tu o Messias, Filho do Deus Bendito?” era uma blasfémia (14,62) e Ele é condenado à morte. Antes de Jesus ser ouvido pelo tribunal romano, Pedro nega-O três vezes, acontecimento que vem adensar o dramatismo deste capítulo. Segue-se a decisão de Pilatos, desejoso de agradar à multidão (15, 10), de O mandar açoitar para ser crucificado. Mateus descreve a humilhação de Jesus (15, 18-19) e as provocações (15, 30-32) que lhe lançam. Chegada a hora nona, um Jesus absolutamente desanimado exclama (15, 34)”Meu Deus, porque Me abandonaste?”, e expira, soltando um grande brado, que leva o centurião a exclamar que (15, 39)“Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus”, o que vem acentuar ainda mais o dramatismo deste capítulo. José de Arimeteia, com muita coragem, pede o corpo de Jesus a Pilatos e deposita-O num sepulcro na rocha, rolando uma pedra contra a porta. Só ele e duas mulheres assistem. Elas vão no “primeiro dia da semana, ao nascer do sol” ao sepulcro para embalsamar Jesus e encontram o sepulcro aberto e um jovem lá sentado que lhes diz que Jesus ressuscitou, e lhes pede que o anunciem aos discípulos e a Pedro, e que se dirijam à Galileia, onde Ele os precederá. Mas as mulheres, cheias de medo, não dizem nada a ninguém.
CONCLUSÃO
(Nota: Primitivamente este evangelho terminava aqui, deixando o leitor na expectativa da vinda do Senhor ressuscitado. O que se segue é um resumo feito depois de terem sido escritos os outros evangelhos.(in Bíblia dos Capuchinhos))
Maria Madalena comunica esta notícia aos discípulos mas eles não acreditam. Jesus volta a aparecer a dois discípulos, mas nem assim eles acreditam. Então Jesus aparece aos 11 quando estavam à mesa. Jesus estava triste com a sua incredulidade, mas mesmo assim manda-os “ir pelo mundo inteiro pregar a Boa Nova a toda a criatura”. Termina com a ascensão de Jesus ao Céu, onde fica sentado à direita do Pai.
Comentário: é um relato maravilhoso, que prende o leitor à figura de Jesus e que evolui num crescendo de intensidade e dramatismo que culmina com o grito de Jesus desanimado, que pergunta ao Pai porque O abandonou. O final desconcertante atribuído a Marcos, só vem reforçar o dramatismo do percurso de Jesus. A conclusão que é acrescentada deixa uma mensagem explícita de esperança.

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