24.10.08

O Evangelho segundo São Marcos

Resumindo...

O Evangelho de São Marcos começa pelo anúncio de João Baptista acerca do Messias, seguido do baptismo de Jesus no Jordão, durante o qual se fez ouvir uma voz do Céu que dizia: «Tu é o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha complacência» (1,11).
Após receber o baptismo e de se ter retirado para o deserto, Jesus vai iniciar o seu ministério na Galileia. Aí, ao mesmo tempo que realiza os seus primeiros milagres de cura, Jesus vai também chamando os seus discípulos e estabelece o grupo dos Doze. Por outro lado, Jesus vai ensinando e pregando à multidão, sobretudo por meio das parábolas, explicando-as depois aos discípulos em particular.

No capítulo 6, encontramos Jesus em Nazaré, onde é mal recebido pelos seus. Mais adiante, vemos Jesus que alimenta cinco mil pessoas multiplicando para elas os poucos pães e peixes de que dispunham. Em seguida, Jesus inicia uma viagem pela região de Tiro e de Sídon. Novamente realizará curas milagrosas, alimentará a multidão e proclamará a vinda do Reino de Deus. Paralelamente, Jesus anuncia aos discípulos por três vezes a sua paixão. De realçar, no capítulo 9, o episódio da transfiguração de Jesus, em que se faz ouvir a voz do Céu: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.»

Após este percurso que o leva de Tiro a Jericó, Jesus entra em Jerusalém, onde é solenemente aclamado pela multidão como aquele que traz consigo o Reino de Deus. Se já se registava então alguma tensão com as autoridades judaicas – fariseus em particular – será a partir de agora que o conflito entre eles vai assumir maior dimensão, sobretudo quando Jesus expulsa os vendilhões do templo. Os fariseus procuram pois surpreender Jesus nas suas palavras e nos seus actos. Quanto a Jesus, ele vai denunciando os pecados dos fariseus e continua a revelar a sua própria condição, através de discursos escatológicos, nos quais também prediz a destruição de Jerusalém e a vinda do Filho do Homem, apelando à vigilância até esse dia chegar.

É neste contexto que os judeus planeiam a morte de Jesus, por meio da traição de um dos Doze – Judas Iscariotes. No primeiro dia da Páscoa judaica, Jesus institui na ceia com os Doze a Eucaristia, abençoando o pão e o vinho, afirmando serem o seu próprio corpo e o seu próprio sangue. Após a ceia, dirigem-se para o Monte das Oliveiras, onde Jesus é preso para ser conduzido ao tribunal judaico e depois diante de Pilatos, que, pressionado pela massa popular, decide a sua morte. No dia seguinte, coroado de espinhos, Jesus é pregado e morto na cruz, sendo sepultado pela tarde. Face a Jesus morto na cruz, um dos centuriões romanos não deixará porém de referir: «Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus» (15,39).

Foram algumas mulheres que, indo ao sepulcro, o acharam vazio, encontrando lá apenas um anjo que lhes anuncia que Jesus ressuscitou. Com medo, elas nada contam a ninguém. Foi então por meio das aparições de Jesus que os discípulos souberam da sua ressurreição. Depois de ter subido aos céus, os discípulos começaram a pregar por toda a parte, conforme Jesus lhes mandara.

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