16.12.08

relatos evangélicos

Cura dos endemoninhados – Mt 8, 28-34; Mc 5, 1-5; Lc 8, 27-35
Mateus retrata o chamamento de Jesus da parte do endemoninhado como “Filho de Deus”, ao passo que Lucas e Marcos o designam, como Jesus, Filho de Deus Altíssimo. Mateus fala em dois homens possessos, enquanto Lucas e Marcos falam apenas de um, com vários demónios. Mateus é mais resumido e conciso, não englobando a parte final em que Jesus o envia a anunciar quanto Ele tinha feito por si.

Cura do paralítico – Mt 9, 2-7; Mc 2, 3-12; Lc 5, 18-25
As principais diferenças consistem em que Lucas fala nos fariseus e nos doutores da lei, enquanto Marcos só fala nestes últimos, tal como Mateus, que novamente tem a descrição do relato mais curta. Em segundo lugar, Marcos e Mateus colocam Jesus a chamar “filho” ao paralítico, mas Lucas diz que Jesus lhe chama “homem”. Quanto ao resto os relatos são semelhantes.

Cura de uma hemorroísa – Mt 9, 20-22; Mc 5, 25-29; Lc 8, 43-48
Mateus faz um relato directo, enquanto Lucas e Marcos dizem que Jesus interroga a multidão para saber quem o tinha tocado pois tinha sentido sair dele uma força. Lucas afirma que Jesus diz que foi a fé que salvou a mulher, mas Marcos acrescenta a isso que Jesus disse também: “Vai e sê curada do teu mal”

Cura de um homem com a mão atrofiada – Mt 12, 10-13; Mc 3, 1-5; Lc 6, 6-10
Em Mateus, os fariseus iniciam o diálogo com Jesus questionando-O se se pode curar ao sábado. Jesus responde com o exemplo da ovelha e diz que sim. Já Marcos não coloca os fariseus a falar, mas Jesus responde-lhes por conhecer os seus pensamentos, mas sem utilizar o exemplo da ovelha. Lucas faz o mesmo e apresenta um discurso idêntico no seu todo, em relação a Marcos.

O rapaz epiléptico – Mt 17, 14-18 ; Mc 9, 17-29 ; Lc 9, 38-43
Marcos possui o relato mais detalhado, onde Jesus pergunta há quanto tempo acontece aquilo ao rapaz. Lucas, por sua vez, não relata a ultima parte existente nos outros dois sinópticos, ou seja, não retrata o questionamento dos discípulos a Jesus acerca da razão de não terem conseguido expulsar o demónio. Isto introduz a discussão acerca da fé, ensino acerca da qual, Jesus vai enunciar. Em Marcos, temos nestes versículos detalhes únicos, como a explicação de que o menino após o exorcismo tinha ficado como morto.

Os dois cegos de Jericó – Mt 20, 29-34 ; Mc 10, 46-52 ; Lc 18, 35-43
A grande diferença é a de Mateus que introduz dois homens a serem curados e não apenas um como sugerem Lucas e Marcos. Mateus completa ainda que Jesus teve compaixão pelos cegos, o que é deixado passar ao lado em Lucas e Marcos. A referência a Jesus como o Filho de David é comum nos três. Marcos fala no nome do cego (Timeu) e é o único a dar voz a Jesus no acto de chamar pelo cego que chama por SI.

A tempestade acalmada – Mt 8, 23-27 ; Mc 4, 37-41; Lc 8, 22-25
Neste caso, os relatos são muito precisos e próximos entre si, mas só em Mateus é que os discípulos pedem ao Senhor que os salve. No resto do relato não há grandes alterações gritantes entre os vários relatos sinópticos.

A ressurreição da filha de Jairo – Mt 9, 18-19 ; Mc 5, 22-24 ; Lc 8, 41-42
O relato de Mateus é aqui o mais apressado, enquanto os outros vão mais aos pormenres. A referência ao hebraico só é utilizado em Marcos. Aqui se verifica também muito bem a técnica da Sandwiche em Marcos que vai arrajanar um outro texto que intercala com este, dadas as semelhanças em torno dos 3 evangelhos.

Nenhum comentário: