15.12.08

Parábolas





Partilho aqui algo que lia acerca das parábolas de S. Lucas em PARSONS, M., Luke. Storyteller, Interpreter, Evangelist, Massachusetts, Hendrickson, 2007, 113-123. Achei particularmente interessante o facto do autor apresentar as parábolas que considera genuinamente lucanas emparelhando-as duas a duas com uma temática semelhante que me ajudou a olhar com outros olhos para estes pedaços de literatura únicos na história universal. Vale a pena pensar nisto…

1 – O bom samaritano (10,30-35) / o fariseu e o publicano (18,9-14) – o tema da justificação (dikaioo)

2 – O vizinho impertinente (11,5-8) / o juiz injusto (18,1-8) – a persistência

3 – O rico imprudente (12,16-21) / o rico e Lázaro (16,19-31) – a riqueza e o egoísmo

4 – O senhor que regressa (12,36-38) / o administrador desonesto (16,1-9) – um incerto e potencialmente trágico futuro no reencontro dos subalternos com o seu senhor

5 – A figueira estéril (13,6-9) / os filhos perdidos (15,11-32) – falam do arrependimento, têm um final aberto...

O autor acrescenta ainda que nem no caso do homem rico de Lc 18 (contrariamente aos paralelos de Mc e Mt) nem do doutor da Lei de Lc 10, o narrador regista a sua resposta. O potencial do arrependimento para a transformação interior é mantido como uma possibilidade…

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