Lucas | Mateus | Marcos | |
Cura de um possesso na sinagoga de Cafarnaúm | 4,31-37 | 1, 23-28 | |
Cura da Sogra de Pedro | 4, 38-49 | 8, 14-17 | 1, 29-34 |
Cura de um Leproso | 5, 12-16 | 8, 1-4 | 1, 40-45 |
Cura de um Paralítico | 5, 17-26 | 9, 1-8 | 2, 1-12 |
Cura da mão Paralisada | 6, 6-11 | 12, 9-14 | 3, 1-6 |
Cura do servo do centurião | 7, 1-10 | 8, 5-13 | |
Ressurreição do filho de uma viúva | 7, 11-17 | ||
O possesso de Gerasa | 8, 26-39 | 8, 28-34 | 5, 1-20 |
A filha de Jairo e a mulher com fluxo de sangue | 8, 40-56 | 9, 18-26 | 5, 21-43 |
O jovem epiléptico | 9, 37-43 | 17, 14-20 | 9, 19-32 |
Mulher curada ao Sábado | 13, 10-17 | ||
Cura de um hidrópico ao sábado | 14, 1-6 | 12, 9-14 | (3, 1-6) |
Cura de dez leprosos | 17, 11-19 | ||
Cura do cego de Jericó | 18, 35-43 | 9, 27-31; 20, 29-34 | 8, 22-26; 10, 46-52 |
A mulher siro-fenícia | 15, 21-28 | 7, 24-30 | |
Cura de um possesso | 11, 14-23 | 9, 32-34 | 3, 22-27; 7, 31-37 |
Jesus e as multidões | 10, 2 | 9, 35-38 | 6, 6.34 |
Curas Junto ao lago | 15, 29-31 | 7, 31-37 | |
Curas em Genesaré | 14, 34-36 | 6, 53-56 |
27.11.08
As Curas narradas no evangelho e os seus paralelos
Milagres em paralelo: A sogra de Pedro e outros milagres
Milagres em paralelo: A cura do leproso
Vem depois de: Discurso de Jesus acerca da edificação sobre a rocha
Vem antes de: Cura do servo do centurião
Distingue-se por: É o relato mais breve. Jesus descia do monte. O leproso prostrou-se aos pés de Jesus. Não refere que Jesus pedisse ao paralítico que nada dissesse.
Marcos 1, 40-42
Vem depois de: Jesus retira-se para orar
Vem antes de: Cura do paralítico
Distingue-se por: Não localiza a acção.O leproso caiu de joelhos aos pés de Jesus. Jesus compadece-se e fala em tom severo (os sentimentos de Jesus não são ocultados). Jesus diz ao paralítico que nada conte, mas ele conta e de toda a parte vêm ter com Jesus.
Lucas 5, 12-13
Vem depois de: Pesca milagrosa e Chamamento dos Doze
Vem antes de: Cura do paralítico
Distingue-se por: Jesus encontrava-se numa cidade. O leproso prostrou-se aos pés de Jesus. Jesus ordena ao paralítico que nada diga a ninguém. A fama de Jesus espalhava-se e de todo o lado vinham ter com ele. Jesus retirava-se para lugares desertos.
Milagres em Paralelo: Primeira multiplicação dos pães
Vem depois de: Execução de João Baptista
Vem antes de: Jesus caminha sobre as águas
Distingue-se por: É o relato mais curto. Não refere se se sentam em grupos. Jesus compadece-se da multidão e cura os enfermos.
Marcos 6, 35-44
Vem depois de: Regresso dos Apóstolos
Vem antes de: Jesus caminha sobre as águas
Distingue-se por: Sentam-se em grupos de 100 e 50. Jesus compadece-se da multidão e põe-se a ensinar.
Lucas 9, 12-17
Vem depois de: Missão dos Doze
Vem antes de: Confissão messiânica de Pedro
Distingue-se por: Fala dos Doze; situa a acção em Betsaida; não há referência ao barco ou a estarem perto da água. Sentam-se em grupos de 50. Jesus acolhe a multidão e põe-se a falar do Reino de Deus.
Sinopse dos milagres nos Sinópticos
Multiplicação dos pães – Lc 9, 12 -17 ; Mt 14, 15-21; Mc 6, 35-34
Mateus apresenta uma narração voltada para Jesus e a sua acção, enquanto Marcos aponta para o papel dos discípulos ao referir que Jesus lhes diz: “Dai-lhes vós de comer”. Marcos é também, neste caso, mais pormenorizado. Também Lucas se assemelha a Marcos neste episódio, em relação a essa frase de Jesus, mas para além disso, é o único a classificar os discípulos como os “Doze”. Fica patente em Marcos e Lucas a incompreensão dos discípulos. Quanto ao processamento do milagre, é idêntico nos três casos.
A cura de um leproso – Mt 8, 2-3; Mc 1, 40-42; Lc 5, 12-13
Mateus refere que o episódio acontece quando Jesus desce da montanha. É dos três, o relato mais simples. Marcos acrescenta que Jesus teve compaixão dele, bem como o facto de que no final, o homem começou a proclamar o que lhe tinha acontecido, ao contrário do que Jesus lhe dissera. Lucas diz que Jesus está numa cidade e que a partir de então, muitos vinham ao seu encontro para serem curados e para o ouvirem.
A sogra de Pedro e diversas curas posteriores– Mt 8, 14-17; Mc 1, 30-34; Lc 4, 38-41
Mateus é extremamente sintético. É um relato flash, mas onde trata Simão por Pedro, o que é único. Depois utiliza um escrito do Antigo Testamento. Marcos não se demora igualmente mas enumera quem acompanha Jesus e pormenoriza o facto de ser Jesus a levantá-la e não ela por si só. Diz também que Jesus proibia os demónios de dizerem quem Ele era. Lucas diz que Jesus se inclinou para ela e que conjurou de forma severa, a febre. Seguidamente, os demónios confessam que Jesus é o Filho de Deus. A cura da sogra de Pedro é o primeiro milagre de Jesus em Marcos e Lucas.
Sinopse dos milagres nos Sinópticos
Multiplicação dos pães – Lc 9, 12 -17 ; Mt 14, 15-21; Mc 6, 35-34
Mateus apresenta uma narração voltada para Jesus e a sua acção, enquanto Marcos aponta para o papel dos discípulos ao referir que Jesus lhes diz: “Dai-lhes vós de comer”. Marcos é também, neste caso, mais pormenorizado. Também Lucas se assemelha a Marcos neste episódio, em relação a essa frase de Jesus, mas para além disso, é o único a classificar os discípulos como os “Doze”. Fica patente em Marcos e Lucas a incompreensão dos discípulos. Quanto ao processamento do milagre, é idêntico nos três casos.
A cura de um leproso – Mt 8, 2-3; Mc 1, 40-42; Lc 5, 12-13
Mateus refere que o episódio acontece quando Jesus desce da montanha. É dos três, o relato mais simples. Marcos acrescenta que Jesus teve compaixão dele, bem como o facto de que no final, o homem começou a proclamar o que lhe tinha acontecido, ao contrário do que Jesus lhe dissera. Lucas diz que Jesus está numa cidade e que a partir de então, muitos vinham ao seu encontro para serem curados e para o ouvirem.
A sogra de Pedro e diversas curas posteriores– Mt 8, 14-17; Mc 1, 30-34; Lc 4, 38-41
Mateus é extremamente sintético. É um relato flash, mas onde trata Simão por Pedro, o que é único. Depois utiliza um escrito do Antigo Testamento. Marcos não se demora igualmente mas enumera quem acompanha Jesus e pormenoriza o facto de ser Jesus a levantá-la e não ela por si só. Diz também que Jesus proibia os demónios de dizerem quem Ele era. Lucas diz que Jesus se inclinou para ela e que conjurou de forma severa, a febre. Seguidamente, os demónios confessam que Jesus é o Filho de Deus. A cura da sogra de Pedro é o primeiro milagre de Jesus em Marcos e Lucas.
26.11.08
A Cura da filha de Jairo nos Evangelhos Sinópticos
| Mt. 9, 23 - 26 | Mc. 5, 35 - 43 | Lc. 8, 49 - 56 |
Relato Anterior | Cura de uma mulher enferma | Cura de uma mulher enferma | Cura de uma mulher enferma |
Relato Posterior | A Cura de Dois Cegos | Pregação de Jesus em Nazaré | As Instruções dos Doze |
Particularidades de cada Relato | Relato mais curto. Milagre é público (fama de Jesus que se espalha naquela região). | O uso do Aramaico por Jesus no momento da cura (Talitá Cum). Cura em Segredo. Escolha dos Apóstolos (Pedro, Tiago e João). | Cura em segredo. Os pais da menina ficam maravilhados pela cura da menina. |
Pontos em comum de cada relato:
- “Não choreis, ela não está morta, mas dorme” esta intervenção de Jesus aparece nos três relatos evangélicos.
- O riso das pessoas por não compreenderem o que Jesus disse.
- A acção “curativa” de Jesus ao tomar a menina pela mão.
- Relato em "sandwich" porque antes do relato da cura da mulher enferma aparece o pedido do Pai nos três Evangelhos.
23.11.08
Comparar Situação dos Milagres nos Três Sinópticos
1, Cura de um endemoninhado em Cafarnaum:
Mc, 1, 21-28, aparece em II. O ministério de Jesus na Galileia, após a vocação dos quatro primeiros discípulos enquanto Lc , 4, 31-37 aparece em III do mesmo Ministério quando desceu de Nazaré para a Galileia.
2, A cura da sogra de Pedro:
Mc, 1, 29-31,parte II,sucede imediatamente a seguir à cura do endemoninhado na sinagoga de Cafarnaum enquanto Mt, 8, 14-15, parte III. A pregação do Reino dos Céus, depois da cura do servo de um centurião e Lc, 4, 38-39, parteIII, seguidamente ao ter falado, em analepse, do envio de Elias a uma viúva de Sarepta e da cura do sírio Naaman através de Eliseu.
3, O leproso galileu
Mc, 1, 40-45, parte II, aparecendo depois da procura que todos lhe fizeram tendo-o encontrado em lugar deserto, em oração, enquanto Mt, 8, 1-4, parteIII, descia da montanha, na “parte narrativa de dez milagres” e em Lc, 5, 12-16, parte III, após chegarem a terra depois da pesca milagrosa em que Simão Pedro pede para que Jesus se afaste porque é pecador e Jesus lhe responde: “doravante serás pescador de homens”.
4, O paralítico de Cafarnaum
Mc, 2, 1-12,parte II, depois da cura do leproso, não havendo lugar à porta por causa da multidão, desceram-no por um buraco aberto no teto da casa, seguindo-se Mt, 9, 1-8, parte III, depois da cura dos endemoninhados gadarenos e Lc, 5, 17-26, parte III, aqui, depois da cura do leproso
5, O homem da mão paralisada
Mc, 3, 1-6, continuamos em II. Ministério de Jesus na Galileia, após as espigas arrancadas pelos discípulos em sábado e Jesus a dizer: “o sábado foi feito para o homem [,..], então Jesus faz esta cura ao entrar de novo na sinagoga; em Mt, 12, 9-14 parte IV. O mistério do Reino dos Céus, é também após o arranque das espigas em sábado e em Lc, 6, 6-11, na parte III. Ministério de Jesus na Galileia igualmente após as espigas arrancadas em sábado.
6, A tempestade acalmada
Mc, 4, 35-41 continuamos em II, depois da conclusão de algumas parábolas; em Mt, 8, 23-27, parte III, em que Jesus entra num barco com os discípulos, adormece e vem uma tempestade que varria o barco com as ondas e finalmente em Lc, 8, 22-25, parte III, após a cena dos verdadeiros parentes de Jesus.
7, O homem endemoninhado geraseno da Decápole
Mc, 5, 1-20, da parte II, após a tempestade acalmada; em Mt, 8, 28-34 de III, também após a tempestade acalmada e em Lc, 8, 26-39, em III, após a tempestade acalmada.
8, A ressurreição da filha de Jairo
Mc, 5, 21-24.35-43, continuamos em II, após o milagre do endemoninhado geraseno em sandwich com a hemorroissa; em Mt, 9, 18-19.23-26, parte III, em sandwich com a hemorroissa e após discussão sobre o jejum com os discípulos de João e os fariseus e Lc, 8, 40-42.49-56, parte III, também em sandwich com o mesmo milagre e depois da cura do endemoninhado geraseno.
9, A hemorroissa
Mc, 5, 24-34, continua na parte II, em sandwich com a filha de Jairo e restante como o anterior; Mt, 9,20-22,parte III, em tudo como o anterior e Lc 8, 43-48, parte III e tudo como anteriormente.
10, Multiplicação dos pães
1ª -Mc, 6, 32-34, mesma parte II, após a decapitação de João Baptista e a reunião com os discípulos que contaram o que tinham feito e ensinado e em seguida, foram de barco para um lugar deserto e afastado onde se juntou grande multidão; Mt, 14,13-21, da parte V, A Igreja, primícias do Reino dos Céus, depois da decapitação de João Baptista e de terem seguido, por barco, para um lugar deserto e Lc 9, 10-17, parte III, em que se tinham deslocado para o lado de Betsaida em lugar deserto.
2ª -Mc, 8, 1-10, da parte III. Viagens de Jesus fora da Galileia, depois da cura de um surdo gago e Mt, 15, 32-39, da parte V. A Igreja primícias do reino dos Céus depois de numerosas curas junto ao lago ou mar da Galileia.
11, Jesus caminha sobre as águas
Mc, 6, 45-52, da parte II, em que Jesus foi à montanha para orar, forçando seus discípulos a afastarem-se antes dele para Betsaida e depois foi ter com eles sobre o mar e Mt, 14, 22-33,parte V, em que foi ter com os discípulos à quarta vigília da noite caminhando sobre o mar.
12, A filha sírio-fenícia
Mc, 7, 24-30, da parte III, no território de Tiro, onde se deslocou com os discípulos, após o ensinamento sobre o puro e o impuro e Mt, 15, 21-28, parte V, também após o ensinamento já referido.
13, O surdo-mudo da Decápole
Mc, 7, 31-37, da parte III, seguidamente à cura da filha da sírio-fenícia e depois da saída do território deTiro passando por Sidónia em direcção ao mar da Galileia.
14, O cego de Betsaida
Mc, 8, 22-26,parte III, chegando a Betsaida depois da incredulidade por não terem levado pão e de Jesus os repreender com os milagres da multiplicação dizendo, “nem assim compreendeis”?
15, O rapaz epiléptico e possesso
Mc, 9, 14-29, parte III, milagre que se segue à Transfiguração e à palavra de Jesus sobre Elias; Mt, 17, 14-20, parte V, aqui também se segue ao milagre da Transfiguração e à palavra de Jesus sobre Elias e que ao falar sobre o sofrimento do Filho do Homem os discípulos interpretam como referindo-se a João Baptista e finalmente, Lc 9, 37-43a, parte III, em que sucede de imediato à descida da montanha após a Transfiguração.
16, Bartimeu , cego de Jericó
Mc, 10, 46-52, parte III, que sucede à resposta de Jesus a Tiago e João dizendo: “quem quer ser grande,seja o vosso servidor, […] pois o Filho do Homem não veio para ser servido mas para servir”; Mt, 20, 29-34, fala em dois cegos de Jericó, inominados, que ouvindo Jesus passar, puseram-se a gritar “Senhor , filho de David, tem compaixão de nós”, que sucede também à palavra de Jesus como o anterior e Lc, 18, 35-43, parte IV.A subida para Jerusalém, fala de um cego, sem nome, que recorre à mesma forma de pedido e é curado, sucedendo aqui, ao terceiro anúncio da paixão.
Nota:este é o último milagre de Jesus relatado em Mc
17, O empregado do centurião de Cafarnaum
Mt, 8,5-13, parte III, após a cura de um leproso que se aproximou de Jesus ao descer da montanha e ao entrar em Cafarnaum recebe o pedido do centurião para a cura do seu servo e Lc, 7, 1-10, parte III, em que o centurião solicita a cura do seu servo, enviando- lhe alguns anciãos do povo judeu, sendo este milagre referido após a palavra de Jesus sobre a casa construída sem alicerce, que a torrente faz de imediato dasabar.
18, O mudo possesso
Mt, 9, 32-34,prte III, que se segue à cura dos dois cegos, referidos em 16 e
Lc, 11, 14-15, parteIV, logo depois da palavra de Jesus sobre a eficácia da oração, e em que aqui, Jesus, segundo alguns escribas e fariseus expulsava os demónios por Belzebu.
2ª Nota: alem dos milagres referidos, Lc ainda conta mais cinco
19, A pesca milagrosa
Lc 5, 1-11, parte III, em que Jesus deixando Cafarnaum e percorrendo a Judeia chega de novo a Genesaré e se afasta no barco de Simão para o largo.
20, O filho da viúva de Naim
Lc, 7, 11-17, parte III, este milagre vem a seguir ao da cura do servo do centurião tendo-se difundido por toda a Judeia inteira.
21, A mulher encurvada
Lc, 13, 10-17, parteIV, esta cura sucedendo em sábado em que o chefe da sinagoga indignado, diz que há seis dias para as curas e não ao sábado e sucede-se, à parábola da figueira estéril que de novo deve ser adubada.
22, O hidrópico
Lc 14, 1-6, parteIV, depois da palavra sobre Jerusalém, em que a cura é não só feita em sábado come em casa de um fariseu onde fora tomar uma refeição.
23, Os 10 leprosos
Lc, 17, 11-19, parte IV, depois da palavra de Jesus para servir com humildade, ao caminhar para Jerusalém e ainda na Galileia ao entrar num povoado cura 10 leprosos e depois, só o estrangeiro, volta para lhe agradecer.
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Maria Gabriela Llansol, Amigo e Amiga
20.11.08
Composição do Evangelho de Lucas e seus Paralelos
Bem , só faltava a divisão deste Evangelho. Espero que vos seja útil para o estudo desta cadeira como para Actos e Epístolas. A Divisão está feita com base do estudo da Bíblia dos Capuchinhos.
Legenda
1 – Apenas existe no Evangelho Lucas sem paralelos.
2 – Existe paralelo com outro Evangelho Sinóptico
3- Existe paralelo com os três evangelhos Sinópticos
Jo – Existe Paralelos com o Evangelho de S. João
Act- Existe paralelos com o Livro dos Actos
+ - Existe paralelos com outros escritos Bíblicos (além dos Evangelhos e Actos)