5. O enquadramento
Observando as indicações temporais presentes no relato, que são escassas, vemos que a cronologia tem um valor factual no v. 11: “Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chamada Naim (…)” e um valor simbólico no v. 16: (…) «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!».
Os dados espaciais presentes no relato podem agrupar-se em dois grupos. Um primeiro com dados de tipo político-espacial: v. 17: “E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região”; e num outro de tipo topográfico: v. 11: “dirigiu-se a uma cidade chamada Naim” e v. 12: “perto da porta da cidade”.
6. A temporalidade
Um relato é determinado por diversas variações de velocidade. No relato que é objecto de estudo encontramos:
- Cenas, onde o relato e a história contada decorrem num tempo igual:
· v. 11 “Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão”;
· v. 13-16: “Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» ”
- Sumários, onde há uma aceleração da narração:
· v. 12: “Quando estavam perto da porta da cidade”
· v. 17: “E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região”.
- Analepses, que evocam acontecimentos anteriores:
· v. 16: “Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!”
- Prolepses, que antecipam algo que ainda irá acontecer:
· v. 17: “E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região”.
8.10.08
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